Recife Antigo

Passei a manhã arrumando fotos e escrevendo sobre os lugares que ainda não tinha escrito. Desde que cheguei ao Recife ficou mais difícil escrever, talvez pelo número de fotos que tenho que organizar e selecionar, mas os lugares também são mais atraentes para mim. Assim descansei um pouco.

A tarde fui no bairro do Recife – um dos três bairros que fazem parte do Recife Antigo –, pois tinha a feira da rua do Bom Jesus. Que gostoso esse passeio!

Começou com a passagem de ônibus com valor reduzido aos domingos (R$2,15 x R$ 1,40). Assim como em Curitiba isso é uma medida de incentivo as pessoas passearem. O bairro do Recife fica em uma ilha e fica fechado ao tráfego no domingo. Juntando esses dois fatores, as pessoas lotam o bairro. E olha que eu fui com medo de estar vazio.

Cheguei e fui almoçar, passei na Rua da Moeda – famosa pelos bares nas 6ª feiras, tipo a rua do Mercado – mais não vi nada interessante e fui no Paço Alfândega – shopping famoso por seu mirante e pelo prédio, que era a antiga alfândega portuária.

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O shopping em si com paredes de tijolos aparentes e piso central de pedra portuguesa.

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A vista para o bairro de Santo Antônio e a ponte Maurício de Nassau, esta construção é do século XIX, mas está no mesmo lugar da original do século XVII.

 

Depois fui para o Marco Zero e era um festival de pessoas andando de skate e patins ou apenas passeando. Foi muito bom! Na própria praça fica o Centro do Artesanato de Pernambuco, que é uma Tok & Stok de produtos artesanais pernambucanos. Estava com o carrinho cheio quando lembrei do tamanho da minha mala e tive que desistir das compras. Quando vier preparem as bolsas e os bolsos porque tem muita coisa linda, a maioria são artigos para decoração.

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A praça.

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Não sabia que Recife tinha aderido a moda de ter o nome da cidade em praça.

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O parque das esculturas do Brennand. A torre de cristal está em reforma.

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Nem tudo são flores e sempre tem uns prédios “largados”. Reparem que mantiveram alguns trilhos dos antigos bondes.

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O logo que tem na fachada do prédio.

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Piso do Centro do Artesanato.

Já no Marco Zero começa a feirinha em uma transversal que o liga a rua do Bom Jesus. A feira não é enorme, mas é bem variada.

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A rua do Bom Jesus foi conhecida durante a ocupação holandesa como rua dos Judeus por muitos judeus morarem na rua, onde foi fundada a primeira sinagoga da América. Lembrando que nesta época a Santa Inquisição estava muito forte e a Holanda era um país protestante que garantia a liberdade de culto – o que não acontecia em todos os países protestantes. Com a retomada portuguesa muitos judeus morreram e outros fugiram para o sertão ou para os EUA, que foi basicamente fundado por pessoas fugindo das perseguições religiosas. Hoje podemos visitar as escavações arqueológicas do local onde esteve esta sinagoga chamada Kahal Zur Israel.

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Entrada da sinagoga. Repare charmosa na placa de rua.

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Antigo piso da sinagoga mostra que a rua (altura da passarela metálica) já foi mais baixa e sofreu aterros.

 

A noite caiu e a agitação estava só começando. Os bares e restaurantes lotaram e a praça do Arsenal vira uma grande praça de alimentação a céu aberto. Nas imediações da rua da moeda há várias apresentações na rua. Fui embora quase as 20h e não parecia ter hora para acabar a agitação, mas a feira termina mais ou menos essa hora.

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Um bar com forró e mamulengo. O cantor estava papeando o com boneco.

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Uma apresentação de maracatu (?). No grupo tinha pessoas de todas as idades e etnias.

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Meu jantar foi escondidinho de carne de sol. E tinha de frango.

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Uma coisa que esqueci de fotografar cedo é que no meio do marco zero tem uma rosa dos ventos cujo centro é literalmente o marco zero da cidade. Dali é que marcam as quilometragens de Recife a …

4 ideias sobre “Recife Antigo

  1. Leila Novaes

    Essa mão é a sua? tá muito morena. Ô N, “este carrinho cheio é piada”, não? Se for verdade, foi uma grande bobeira, mandava pelo correio e pegaríamos aqui. ou guardava por aí em um guarda volume e nós iríamos buscar! Pô! perdemos a grande oportunidade de te ver de carrinho cheio! porque não tirou, pelo menos uma foto! Já sei! Vamos direto a Recife! tenho uma prima que mora aí. E quando será o pôr do sol com bolero de Ravel? Tô curiosa! Parece até que vou ouvir! Bjs

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    1. N. Autor do post

      Tô moreníssima de andar no sol. A mão é a parte mais bronzeada porque o protetor sai logo.
      Claro que é piada desde quando eu consigo encher um carrinho? Mas tinha muitas coisas bonitas. A maioria inúteis, tipo muita coisa de decoração, ou móveis que não dá para comprar.
      Não vou matar sua curiosidade. Pior que nem consegui filmar com essa máquina para te mostrar depois. 😦

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  2. cintiadesa

    Puxa, N! Pensei que ia morrer sem ouvir você dizer contrariada que precisou esvaziar o carrinho rs rs rs e olha que eu acreditei… Santa ingenuidade 😀

    Mas esse lugar parece ser muiiiito legal! Me lembrou Buenos Aires… Feira, apresentações culturais na rua, marco zero com contagem de quilometragens… Gamei. O Rio não tem dessas coisas… Só a Lavradio.

    E o sotaque pernambucano lindo? 🙂

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    1. N. Autor do post

      Muiiiito legal! Voltei para o albergue felicíssima.
      Os pernambucanos falando muito rápido e as vezes eu não entendo o sotaque deles. E eles não entendem o meu. Mas fomos levando…
      No Rio tem a feira dos mendigos. hahaha. É como a Leana chama a feira da Praça XV.

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